Por mais que o ser humano estude a natureza e tenha chegado longe, ainda tem muito a ser feito e descoberto, já que sempre coisas novas são descobertas. Assim, poucas pessoas chegam a observar que os alimentos geneticamente modificados seja algo relativamente recente, através da criação seletiva que nos permite experimentar hoje frutos que são, literalmente, vindos de centenas de anos de trabalho. Dessa maneira veja como eram seis exemplares de frutas e vegetais no passado antes da intervenção humana.
1. Milho Selvagem vs. Milho Moderno: o milho é um exemplo clássico de como as mudanças são significativas com o tempo. No passado, em 7.000 a.C., o teosinte tinha gosto de batata crua muito seca, um pouco mais de 19 mm de tamanho e tinha apenas 8 variedades conhecidas. Os grãos eram bem duros e conhecidos amplamente na América Central.
Foto: Reprodução/geneticliteracyproject
Hoje o milho é produzido em uma variedade de cores e sabores, sendo cerca de 1000 vezes maior do que era antes e cultivado em 69 países. Nem precisamos mencionar as deliciosas receitas que fazemos com o milho, não é mesmo?
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2. Berinjela Selvagem vs. Berinjela moderna: ao longo da história, as berinjelas adotaram uma ampla gama de formas e tamanhos antes de terem a aparência que conhecemos hoje. Algumas das versões mais antigas da berinjela foram registradas na China antiga e as primeiras gerações delas eram definitivamente muito diferentes das que conhecemos, possuindo até mesmo espinhos!
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Hoje as berinjelas são grandes e carnudas, o que nos permite preparar deliciosas refeições.
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3. Banana Selvagem vs. Banana Moderna: as frutas ancestrais da Banana datam de 10.000 a 6.500 anos atrás, a partir do achado de fitólitos de bananas no sítio arqueológico do pântano de Kuk. Hoje a banana é uma fruta doce e cremosa, mas houveram muitas mudanças e aperfeiçoamento para que agradasse tantos paladares. Uma mudança bem evidente foi a ausência das sementes, o que de fato dificultava sua ingestão.
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Em 1834 se iniciou a produção em massa de bananas no Caribe, quando a fruta chegou ao conhecimento da população local. Várias foram as tentativas cultivar a fruta, mas as bananas nunca resistiam às infestações de fungos. Somente quando os pesquisadores desenvolveram uma banana capaz de resistir aos fungos, o Giant Cavendish (Nanicão), que conseguimos chegar à variedade que temos hoje.
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4. Cenoura Selvagem vs. Cenoura Doméstica: as cenouras originais foram domesticadas na Ásia Central a partir do ano de 900 E.C.; eram roxas e amareladas. A planta de onde surgiu a cenoura moderna era originalmente de raiz esbranquiçada, de modo que até mesmo os escritos nos tempos grego e romano clássicos têm referências a raízes brancas comestíveis.
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Foi um longo caminho para que elas se tornassem laranjas e tivessem esse formato como conhecemos hoje. Felizmente a raiz pode ser domesticada e, de acordo com o Guinness World Records, pode crescer até 6.245 metros! Sensacional. não é mesmo?
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5. Repolho Selvagem vs. Repolho Moderno: a espécie Brassica oleracea é a bisavó de vegetais como repolho, brócolis, couve-flor, couve e outros. A forma não cultivada, chamada de “repolho silvestre”, nos dá uma boa ideia de como era o que hoje conhecemos como repolho há milhares de anos antes de começar a ser cultivado.
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Antes dos gregos e dos romanos, a história da planta domesticada ainda é desconhecida. Porém, estudiosos dessa época deixaram muitos registros que confirmam a presença dessa espécie nas hortas. Aliás, ainda é possível ver o repolho selvagem crescendo perto de falésias calcárias, já que possui alta tolerância ao sal e à cal. Já o repolho moderno até abre o apetite pelo seu tamanho e cor: ele deriva do grupo Brassica oleracea Capitata e fica excelente bem picado em uma salada temperada, não é mesmo?
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6. Melancia Selvagem vs. Melancia Moderna: uma pintura do século XVII de Giovanni Stanchi nos dá um vislumbre de como eram as melancias no passado: certamente eram bem diferentes do que estamos familiarizados. A obra foi pintada entre 1645 e 1672 e mostra bem pouco da parte vermelha da melancia, sendo a fruta predominantemente branca, parte que hoje não consideramos como comestível.
Foto: Reprodução/geneticliteracyproject
Com o tempo, desenvolvemos melancias bem mais bonitas e saborosas, sendo que hoje até existem variedades sem sementes, que são produzidas através do cruzamento de linhas diplóides e tetraplóides de melancia, resultando em plantas triplóides estéreis.
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